quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dois fenômenos naturais interessantes: o “Sol da meia-noite” e a “Noite branca”

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O fenômeno do “Sol da meia-noite” ocorre para além do Círculo Polar Ártico ou do Círculo Polar Antártico, quando o Sol não se põe durante, pelo menos, 95 horas seguidas.

Vi no Megacubo.

Em latitudes superiores a 80 graus, o Sol não se põe por mais de setenta dias sem o verão, ou seja, não há noites durante mais de dois meses. A Terra, devido ao seu efeito giroscópio mantém seu eixo, mas se descontarmos as oscilações de longo período do próprio eixo de rotação, no correr de um ano a mesma posição inclinada 23.4° em relação as estrelas de fundo faz a projeção dos raios do sol deslocar-se anualmente para norte e sul do Equador, dando origem às estações do ano.

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Um grande exemplo do fenômeno “Sol da meia-noite, é a cidade de Barrow (AK), que se localiza ao Norte dos Estados Unidos da América, localizada a mais de 500 km acima do Círculo Polar Ártico, com cerca de 4500 habitantes. Sendo de difícil acesso, somente é possível chegar na cidade de avião ou barco (embora os mares estejam congelados mesmo nos meses de menos frio).

As cidades da Tundra são muito conhecidas por seus sistemas de canalização, eletricidade e aquecimento muito fortes e protegidos do frio permanente, os quais são montados muitos metros abaixo do chão, subindo diretamente para as casa. Dentro das casas, devido a canalização ascende em 25°C, mesmo quando na rua estão -40°C.

A história da cidade remonta a 500 A. C., escavações arqueológicas encontraram vestígios de antigas comunidades esquimós, o que explica a versatilidade do local que mistura o tradicional e o moderno, além de ter o nível de vida acima da média americana, tendo como uma das causas a abundância de petróleo e gás natural, essencial para mantê-los no local.

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Na fauna pode-se encontrar ursos polares, ursos pardos, raposas do ártico, raposas vermelhas, caribús, alces, corujas das neves, lobos, baleias, castores e focas.

No inverno, por situar-se acima do Círculo Polar Ártico, há dias em que o sol não nasce, na verdade 2 meses, entre 18 de novembro e 24 de janeiro de cada ano, podendo ser considerado um crepúsculo, já que o sol chega a estar apenas 6° abaixo da linha do horizonte. Em meados de dezembro, no dia mais curto do ano, a cidade tem 3 horas de crepúsculo, e 21 horas de noite escura, a lua chega a ficar no céu mais de 3 dias sem desaparecer, quase sempre em fase de lua cheia, o que ajuda a iluminar.

No verão, no período entre 10 de maio e 02 de agosto, o sol não se põe, por isso é chamado “Sol da meia-noite”. O Sol não sobe muito ao céu, trazendo dias frios, com médias pouco acima de zero graus.

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Barrow é perfeita para ver as Auroras Boreais, pois além de ser imensamente ao norte, os meses noturnos permitem uma visualização mais nítida.

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A foto acima mostra o momento mais claro de um dia, onde o sol nasceu há 7 minutos, e se porá a outros 7 minutos.

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Na Finlândia, na região da Lapônia central, durante o escuro inverno, o sol permanece abaixo da linha do horizonte durante 51 dias, o que dá origem ao fenômeno da noite polar, a que os finlandeses chamam “Kaamos”. Mesmo no sul do país o sol brilha no inverno (Dezembro) só umas quatro horas por dia entretanto o pôr-do-sol é lento (inclinado) e por isso nunca chega a escurecer totalmente a noite. Este fenômeno chamado  “Noite branca” é comum na Europa, quando mesmo à noite, o Sol não chega a se pôr completamente.

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